2017 – Exposição

entre 31/05 e 02/06, das 10h às 18h, na Galeria de Arte e Pesquisa

Zero Days VR
Scatter, EUA, 2017, documentário VR, 15’

Zero Days VR é um documentário sobre guerra cibernética baseado no longa dirigido por Alex Gibney, que conta a história de um vírus desenvolvido pelos governos dos Estados Unidos e de Israel para atacar usinas nucleares iranianas. O trabalho introduz uma nova dimensão à obra original ao adotar uma perspectiva que não era possível antes da emergência da realidade virtual, colocando o público dentro do mundo invisível dos vírus de computador. Exibido no festival de cinema de Sundance de 2017. Estréia fora dos EUA.

Scatter é um estúdio de mídias imersivas que acredita no poder da tecnologia de expandir a experiência humana de uma forma poderosa. São pioneiros no desenvolvimento de tecnologias de cinema volumétrico DIY. A equipe de Zero Days VR é formada por Yasmin Elayat (direção), Elie Zananiri (desenvolvimento de tecnologia), Mei-Ling Wong (produção), Alexander Porter (produção executiva/roteiro) e James George (produção executiva/consultoria técnica).

 

Prova de Contato
Ignez Capovilla, Brasil, 2016, vídeo, 4’30”

O ponto de partida do trabalho é o acúmulo de cenas capturadas do cotidiano, animado de maneira rudimentar pela interface de navegação do computador. A sequência estroboscópica associa a velocidade da informação à rapidez com que absorvemos e produzimos imagens. Aqui, a paisagem, o retrato, a escrita, o recibo, a tela do celular convivem num mesmo plano de importância. O trabalho coloca em questão as memórias descartáveis produzidas pela nossa necessidade de evidenciar presenças. O título faz referência ao index, material bruto do fotógrafo, onde seu processo de criação e edição fica à mostra.

Ignez Capovilla é artista, pesquisadora da fotografia e professora da Universidade de Vila Velha. É graduada em Artes Visuais e Fotografia e faz mestrado em artes visuais na Ufes. Vê na fotografia uma forma de diálogo com o outro. Participa de exposições coletivas desde 2006. A mais recente foi em Imagem-Passagem: Dinâmicas da Fotografia em Contexto de Viagem, no Centro Cultural SESC Glória. Trabalhou na documentação do acervo da GAEU-UFES entre 2014-2015. Realizou sua primeira exposição individual, Por Novos Horizontes, no Memorial da Paz, em 2013. Foi premiada na Bolsa Ateliê em Artes Visuais da Secult/ES em 2010 com o projeto [Re]encontro com a Paisagem.

 

Movimentos Contrários – Equador
Polliana Dalla Barba, Equador, 2014, vídeo, 40’

Ao longo da primeira fase da Copa do Mundo de 2014, a artista viajou aos países da América do Sul que participavam da competição (Argentina, Chile, Colombia, Equador e Uruguai) para assistir às partidas que ocorriam no Brasil, seguindo no contrafluxo das pessoas que se deslocaram ao país-sede.

Polliana Dalla Barba (1988) vive e trabalha em Vitória (ES). Seu trabalho envolve o universo das viagens, deslocamentos e derivas. Utilizando de meios como o desenho, colagem, vídeo, fotografia e instalação, cria narrativas de trânsito. Realizou as exposições individuais Serendipidade (GAEU-UFES, 2016), Movimentos Contrários (Memorial da Paz, Vitória, 2014), Entre Santas (Museu do Colono, Santa Leopoldina, 2013), E você sai caminhando em dia vermelho (Galeria Homero Massena, Vitória, 2012). Também participou de coletivas como Tentativas de Esgotar um Lugar (MAES, Vitória, 2015), ondeandaonda (Museu Nacional de Brasília, 2015), cordilheira elefante (Centro Cultural Elefante, Brasília, 2015) e do 20º Salão de Arte de Anápolis (Goiás, 2014). Foi premiada no edital de pesquisa Bolsa-Ateliê da Secult-ES (2014) e no edital setorial de Artes Visuais (2015). Realizou residências artísticas no Uruguai, Chile e Brasília.

 

Translational Spaces
Santiago Tavera, Montreal, 2016, mixed media

Trabalho multimídia que consiste num livro de artista e uma série de animações 2D e 3D, apresentado como um projeto online, um vídeo e QR codes interativos.  O livro inclui narrativas de pertencimento e de deslocamento. O site alinhado com o livro (dssots.com), que inclui mais de 50 composições digitais, é apresentado aqui como um vídeo single channel. Translational spaces explora narrativas em que sujeitos e lugares existem entre reinos online e offline, experiências físicas e digitais. Na Internet, sujeitos e objetos existem como representações que se deslocam constantemente de uma tela a outra, sempre em translação e devir. Esse sentido dinâmico de deslocamento é similar à jornada do corpo nômade e migrante. A obra busca estimular os sentidos do público por meio de experiências virtuais de deslocamento e investigar como processos de identificação, interação social e percepção espacial são afetadas pelos meios digitais.

 

Live Architectures
Chiara Passa, Reino Unido, 2015, video-esculturas em AR

Trabalhos multidimensionais das séries Hidden Forces, Dimensioning e Geometric Breakpoints. São matrizes que aparecem em porções liminares das paredes. As animações podem ser visualizadas com o aplicativo gratuito Wikitude (Android e iOS).

Chiara Passa vive e trabalha em Roma. Possui um mestrado em belas artes da Academia de Roma e outro em novos meios audiovisuais da Faculdade de Literatura Moderna. Seu trabalho combina diferentes meios, tais como animações, netart, videoinstalações interativas, arte digital em espaços públicos, videomapping e videoesculturas. Desde 1997 tem obras exibidas em festivais e galerias internacionais, como Dimensioning (Furtherfield Gallery, Londres), Vortexdome (L.A., EUA), Media Art Histories Conference (Riga, Letônia), Electrofringe (New Castle, Austrália), FILE (São Paulo, Brasil), MAK (Viena, Austria), CCCB (Barcelona, Espanha).

 

Escutamos, os espaços falam (rodapé)
Herbert Baioco, Brasil, 2017, instalação

Escutamos, os espaços falam é um trabalho que aborda as paredes como uma mídia plena de informações e o anseio de acessar essas informações pelo filtro da escuta, como uma forênsica dos testemunhos que os espaços guardam. Nessa montagem específica, serão explorados os rodapés por meio da instalação do dispositivo de leitura em um circuito de trilhos.

Herbert Baioco é artista multímidia, nascido em 1988 em Serra, Espírito Santo. Transita pela arte contemporânea por meio da produção de instalações e performances. Em 2015, realizou sua primeira exposição individual, Teatro Estúdio, na Galeria Homero Massena, em Vitória, ES. cargocollective.com/herbertbaioco.