2020 – Fórum Curatorial – Filmes pelo Avesso (Dia 02)

11 de Setembro, 16h

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“Uma exposição não é um cineclube”? Algumas reflexões sobre a inclusão do vídeo em exposições de artes visuais
Raphael Fonseca

Esta apresentação reflete sobre a inclusão de trabalhos audiovisuais em exposições de artes visuais. A partir de uma provocação do curador José Roca publicada no catálogo da 8ª Bienal do Mercosul (2011), reflito sobre as dúvidas, anseios e desafios da presença do vídeo em alguns projetos curatoriais de artes visuais que desenvolvi nos últimos anos. Especial atenção será dada às diferentes proposições de exposições coletivas –como podemos diferenciar a presença de um vídeo em um projeto arte contemporânea em comparação com um projeto curatorial de cunho transhistórico?

Raphael Fonseca é curador do MAC Niterói desde 2017. Doutor em Crítica e História da Arte pela UERJ. Recebeu o Prêmio Marcantonio Vilaça de curadoria (2015). Entre suas exposições, destaque para “Vaivém” (CCBB SP, DF, RJ e MG, 2019-2020); “Lost and found” (ICA Singapore, 2019); “Bestiário” (CCSP, 2017); “Deslize <surfe skate>” (Museu de Arte do Rio, 2014) e “Água mole, pedra dura” (1a Bienal do Barro de Caruaru, 2014). No momento prepara a exposição “Liberté, egalité, Beyoncé: pop culture and resistance”, a ser aberta em 2021, na Haus der Kunst (Munique, Alemanha), com co-curadoria de Anna Schneider. É curador, junto com Renée Akitelek Mboya, da 22ª edição da Bienal_Sesc_Videobrasil, com data a ser definida.


Notas de uma curadora no que foi o país do futuro
Patrícia Mourão

Algumas notas e reflexões pessoais sobre programação e curadoria de cinema nos últimos quinze anos no Brasil. Os orçamentos, o modelo de cinefilia, as bagagens herdadas e reproduzidas, o complexo de subalternidade terceiro-mundista. Termino com meu último projeto curatorial: uma mostra sem filmes nas ruínas do próximo incêndio da Cinemateca Brasileira.

Patrícia Mourão de Andrade é doutora em Meios e Processos Audiovisuais pela Universidade de São Paulo, com bolsa sanduíche na Columbia University. É pós-doutoranda no Departamento de Artes Visuais da mesma universidade. É crítica de arte e curadora de mostras de cinema no Brasil e no exterior, entre as quais destaca-se a Integrale Doc’s Kingdom (Portugal, 2018), Andrea Tonacci (Cinéma du Reél, Paris, 2017), Cinema Estrutural (Rio, 2015) e retrospectiva Jonas Mekas (São Paulo, 2013).