Conferência com Jane Giles (British Film Institute)
Vitória: 23/11, 16h, Cine Metrópolis, UFES
São Paulo: 27/11, 17h, Auditório A, CTR/ECA, USP
Desde o começo do cinema, existem dilemas sobre sua permanência. Quais filmes devem ser preservados e quais devem ser descartados – se é que devem? Muito da história do cinema já se perdeu por causa da reciclagem de materiais, dos custos de armazenagem, e também da natureza instável de alguns formatos de filme e vídeo. Acervos foram estabelecidos em diversos países para preservar e proteger os filmes. Mas qual o sentido de arquivar esse material se ele não pode ser acessado para ser visto e interpretado? Essa palestra vai abordar os modos como o British Film Institute (BFI), o maior acervo de filmes e programas de televisão do mundo, cria acesso para a coleção nacional Britânica por meio de aparelhos como as salas de projeção do BFI Southbank, as estações multimídia da sua cinemateca, o seu selo de publicação de DVDs, a venda de material para realizadores e canais de TV, e a sua recente plataforma video-on-demand, o BFI Player. Examinaremos os obstáculos e as oportunidades criadas por questões materiais, pela negociação de direitos e pelos custos de acesso, ilustrados com um estudo do inovador projeto Unlocking Film Heritage, considerando os seus resultando públicos tais como a coleção on-line Britain on Film.
Jane Giles é a atual coordenadora de Desenvolvimento de Conteúdo do BFI, o departamento encarregado da distribuição de filmes, do lançamento de vídeos, e da venda para TV e pela internet das coleções do British Film Institute. Possui formação em exibição cinematográfica, tendo sido programadora do cinema Scala (Londres), do Institute of Contemporary Arts (ICA) e também de curtas do London Film Festival. Ela também trabalhou para companhias distribuidoras como Electric Pictures e Tartan Films, bem como no Channel 4 no desenvolvimento de roteiros, no setor de produção e de compras. Jane é autora de três livros sobre cinema (The Cinema of Jean Genet; Cinema of Desire; The Crying Game) e de um capítulo na coletânea History of British Cinema (Routledge). Produz resenhas e artigos para uma série de publicações, tais como Sight & Sound, The Guardian, Time Out, Artforum.